O Continente Asiático é o mais populoso do mundo, e temos neste continente 3 países que são os 3 países com maior produção de objetos Orientais para decoração de interiores no mundo, Tailândia, Índia e Indonésia. A mistura de dinastias conflitantes, impérios, colonizações regionais, viajantes em busca de conhecimento, crenças espirituais, culturas diferentes este é o campo minado que se encontra nossa história sobre a Decoração Oriental.
A estética sempre recebeu alta prioridade no Oriente, tão alta que no século 16 os Tailandeses eram conhecidos por guerrear por um escultor ou artesão habilidoso. A ênfase no visual arquitetônico era tão relevante que a história da Ásia quase pode ser traçada através de seus conflitos narrados por armaduras, túnicas ou trajes com belos chapeis e longas ombreiras com pedras e entalhes, exércitos podem ter falhado em suas batalhas, mas a invasão universal da Decoração Oriental não.
O Budismo foi o maior catalisador para as migrações culturais da Ásia e resultou na difusão de técnicas e formas de desenho em grande parte do Oriente. Buda viveu no século VI ac, mas desde então há vários séculos sua palavra irradia para o sul, leste e oeste a partir de sua nascente no norte da Índia onde hoje é o Nepal. Pelo desejo de que as crenças Budistas se fundissem com o ressurgimento do Hinduísmo. Os mercadores também levavam os costumes e artesanatos Indianos para todos os cantos da Ásia. .
Do norte da Índia o Budismo migrou pelo Nepal, Tibete e para Mianmar, de onde seguiu para o norte do Vietnã, Coréia e Japão, também viajou para o sul, Sri Lanka e Indonésia, bem como para o leste na Tailândia e para o Camboja. Cada estágio dessa gigantesca imigração trouxe permutações e variações muito relevantes como a Laca (Lacquerware), que começou a ser notada em peças que eram comercializadas em locais fora do Sudeste Asiático, começaram a notar peças de madeira ou cerâmica com uma camada de verniz por cima, este trabalho despertou interesse dos Ocidentais.
Na Índia vemos os símbolos do Hinduísmo e todas as cores fortes dos tecidos, no Vietnã temos os lindos vasos vietnamitas com suas pinturas especiais, no Marrocos temos as charmosas e aconchegantes lanternas e lustres para iluminação, feitas em latão e outros metais nobres, na Tailândia as poderosas Garudas e outros símbolos de proteção dos templos, na Turquia os pratos em cerâmica pintada ou trabalhada nos incríveis mosaicos, nas famosas ilhas da Indonésia como Bali temos a gigantesca variedades de crenças e costumes trazendo para o artesanato de cada ilha do arquipélago um toque especial, artesanato este hoje encanta a todos ao redor do mundo, Esculturas de divindades e deuses entalhados, Sri Dewi, Barongs, Rangdas, Budas, Animais e as lindas fontes feitas em pedras.
O sistema esotérico mais antigo é o Feng Shui que significa literalmente vento e água, amplamente praticado em Singapura, Malásia, Taiwan, Hong Kong e após quatro mil anos na China continental. O sistema visa criar ótimas condições de construção, orientação e layout. Estudos feitos sobre o yin e yang, as forças complementares que governam o universo e produzem Qi, a energia cósmica ou força vital, originou essa doutrina do segundo milênio aC, mais tarde foi integrada ao Taoísmo, cujo objetivo é que cada indivíduo alcance seu próprio equilíbrio e busque com o que eles chamam de Tao, caminho ou princípio.
O sistema esotérico mais antigo é o Feng Shui que significa literalmente vento e água, amplamente praticado em Singapura, Malásia, Taiwan, Hong Kong e após quatro mil anos na China continental. O sistema visa criar ótimas condições de construção, orientação e layout. Estudos feitos sobre o yin e yang, as forças complementares que governam o universo e produzem Qi, a energia cósmica ou força vital, originou essa doutrina do segundo milênio aC, mais tarde foi integrada ao Taoísmo, cujo objetivo é que cada indivíduo alcance seu próprio equilíbrio e busque com o que eles chamam de Tao, caminho ou princípio.
O Feng Shui faz cálculos complexos do local usando o Baguá para determinar até mesmo aspectos menores da casa, como erguer casas voltadas para o sul com as costas para a montanha, evitando construir em pântanos, escolhendo a proximidade de água auspiciosa, de preferência fluindo e construindo beirais projetados para bloquear os raios solares no verão e permitir que os raios de inverno baixos penetrem. Algumas condições exigem a plantação de bambus ou árvores atrás das casas como quebra-ventos. .
Seguindo o Feng Shui à risca, os Chineses usam infindáveis planos para trazer a boa sorte e afastar os más energias como por exemplo mantendo paredes e cômodos arredondados pois acreditam que as beiradas e os cantos acumulam energias negativas, passarelas externas devem ser em ziguezague, pequenos espelhos pendurados sobre as portas da frente servem para refletir essas energias. No interior das casas, é possível encontrar algumas divindades Taoístas como Zaojun, Lao Zi e outros são honradas com altares individuais ou altares maiores na entrada da casa.
O Feng Shui somado ao Confucionismo mantém uma forte ênfase na lealdade hierárquica, na educação e no respeito pelo governo e pelos ancestrais, isso deixa uma marca grande na cultura Chinesa, embora muitas vezes se confunda com o Taoísmo e o Budismo Mahayana. Hoje em dia felizmente para a evolução do design de interiores, com as construções dos pequenos apartamentos e a procura por viver melhor, a procura por estudiosos do Feng Shui para aliar os ensinamentos da doutrina em suas construções e empreitadas. O estilo Chinês é mais frequentemente associado a esculturas ornamentadas, padrões complexos e uma paleta marcante de vermelhos ricos e dourados chamativos. Mas o que muitas vezes é esquecido é que existe uma modernidade profundamente enraizada e impetuosa no design chinês, um velho classicismo com um sentido único em trazer requinte e conforto ao mesmo tempo.
A madeira cresce rápido e em abundância na Indonésia tropical, o homem primitivo achava que ela não era um de seus materiais mais importantes mas com o tempo tornou-se muito hábil em moldá-la para suas necessidades: canoas, tendas cerimoniais, barracas de armazenamento, varandas e arados, utensílios de cozinha e imagens para seus cultos religiosos, imagens estas habilmente decoradas com uma grande variedade de desenhos simbólicos, os antepassados do povo Indonésio trouxeram essas habilidades com eles quando deixaram o continente do Sudeste Asiático para as ilhas do meio. No arquipélago Indonésio, o trabalho em madeira foi desenvolvido com um grau excepcional de finesse, os Balineses são mundialmente famosos por suas realizações artísticas, sendo que a escultura em madeira não é a menos importante. Para eles, a madeira tem sido tradicionalmente um meio para uma expressão que foi disciplinada pela crença religiosa, até o século 20, quando eles começaram a se inspirar na natureza ao seu redor, eles trabalham sua madeira com excelente habilidade e amor pelo que é feito, este é o Nirvana dos Indonésios.
Os entalhadores de Asmat de Irian Jaya, os Torajas de Sulawesi do Sul, os Niasianos na costa oeste de Sumatra e outros povos ditos primitivos da Indonésia têm uma reputação altamente reconhecida ao redor de todo o mercado da arte, o artesanato da Indonésia é apreciado por todos onde passa, os detalhes delicados nas grandes esculturas de deuses e divindades, o encantador charme dos animais feitos em madeira, as impactantes rochas de pedra entalhada, o belíssimo trabalho na pedra vulcânica Paras. A madeira é cortada grosseiramente, trabalhada maravilhosamente em todas as suas linhas expressivas, e por fim chega no Ocidente como decorações de paredes arrojadas em casas requintadas. A invasão do desenvolvimento moderno, que é indiscutivelmente necessária, está de certa forma matando o tipo de arte que está enraizado em antigas crenças religiosas e um estilo de vida antiquado, ao transformar este fato em vantagem, como meio de melhorar o bem-estar das pessoas que moram nas ilhas, o governo tanto antes como depois da independência, incluiu este mercado de trabalho conhecido como wood-working ou woodcraft em seus programas educacionais.
Há escolas técnicas em Jepara e Java Central desde 1929. Em Bali existem artesãos que hoje são conhecidos e visitados por pessoas de todo o planeta, como Ida Bagus Tilem, estes desempenham um papel importante na preservação de habilidades e na nos costumes relacionados a arte antiga. Compartilhando seus conhecimentos e talentos com todos que levam a sério o aprendizado que apenas recentemente foram expostos ao mundo exterior, foram encorajados desde o início pelas nações unidas a seguirem o caminho tradicional de entalhar em madeira, assegurando-lhes um lugar na Terra.
Foram descobertos recentemente em várias inscrições nos pilares dos templos inclusive o de Blanjong, gravadas provavelmente pelo rei de Bali Sri Kesari Warmadewa, palavras que mencionam Walidwipa, ilha de Bali, logo Wali se tornou Bali. A forma de cultivo do arroz em campos alagados não tem motivos somente econômicos mas também religiosos, muitos cultos, costumes religiosos e tradições foram implantados nesta época, 914dC. A Ilha de Bali esta a leste da ilha de Java, elas são separadas pelo estreito de Bali, no centro da ilha existem diversas montanhas com mas de 2.000 metros de altura, a maior e mais antiga da ilha chama-se Agung, com 3.142m e é conhecida como a montanha mãe, os especialistas ao redor do mundo consideram o vulcão ativo com maior risco de erupção nos próximos 100 anos, todo este clima montanhoso e vulcânico contribui para uma fertilidade excepcional, os sistemas de irrigação bem elaborados que se chamam Subak, funcionam perfeitamente neste clima, por isso a abundancia de arroz nos arrozais alagados na parte norte da ilha.
O maior rio de bali é o Ayung que tem aproximadamente 75km de comprimento. Fugindo do tradicional em todas as outras ilhas da Indonésia, Bali tem como religião dominante o Hinduísmo, isso mesmo a maior parte da população da ilha é Hindu, seguidos pelo Islamismo e o Budismo um pouco atrás, o cristianismo é pouco presente mas existe em pequena escala. O Hinduísmo Balinês é uma mistura de crenças locais com interferências do Hinduísmo e do Budismo, os Balineses acreditam em deuses e semi deuses, espíritos antepassados que são frequentemente agradecidos com esculturas oferendas por todas as ruas de Bali. Esta veneração aos antepassados é o que visa a religião na ilha, por isso se tornaram famosos por seus atos de gentileza e graciosidade, todos ao redor do planeta sentem a recepção e o amor que os Balineses passam ao receber alguém de fora, seja turista ou trabalhador.
Em Bali existem aproximadamente 20.000 templos e santuários, são localmente conhecidos como Puras, por este motivo Bali também é conhecida como ilha dos mil Puras. Bali também é conhecida pelas suas formas de artes diversificadas e magníficas, como a pintura, esculturas, entalhe na madeira e artes cênicas. A música também não fica atrás, andando por Bali é possível encontrar orquestras de percussão conhecidas como Gamelão, procissões com pratos e Tingshas, também os funerais chamados de Toraja com muita música presente. As artes cênicas Balinesas representam frequentemente histórias dos épicos Hindus como o Ramayana, com fortes influências locais. Danças Balinesas famosas incluem o Pendet, Barong, Legong, Wayang Golek, Baris, Topeng, Gong Keybar e também o tradicional Kecak, dança do macaco.
Marrocos é uma nação de dimensões não muito grandes na costa noroeste da África, na fronteira com o Oceano Atlântico Norte e o Mar Mediterrâneo, mas apesar de estar situado muito próximo do lado esquerdo do meridiano de Greenwich, seus valores, religião e cultura o fazem ser identificado como um país Oriental. Duas de suas maiores cidades são Marrakech e Casablanca. Ao longo dos séculos o Marrocos foi colonizado por pessoas de numerosas culturas e religiões, cada uma contribuindo para esta rica cultura. Berberes, Árabes, Romanos, Espanhóis, Portugueses, Franceses e pessoas de países da África subsaariana fizeram do Marrocos seu lar. O design de interiores do Marrocos combina muitos destes diversos elementos para criar um estilo de design diferenciado facilmente identificado como Marroquino.
Diversos fatores contribuíram para esse design incrível, os Barberes, indígenas ou nativos do Marrocos vivem lá há mais de 4.000 anos, as tribos nômades se moviam com seus rebanhos pastando com ovelhas, os Berberes enrolaram a lã dessas ovelhas e começaram a tecer os famosos tapetes kilims, as cores brilhantes criadas com tinturas de plantas eram comuns e os desenhos variavam de acordo com a tribo. Alguns Berberes também extraíam minério de prata e eram bastante habilidosos em trabalhar com prata.
O Cristianismo e o Judaísmo foram as principais religiões até a invasão Árabe no século VII, o que levou a conversões em massa. Neste ponto os desenhos usados em kilims e prata começaram a refletir influências culturais Islâmicas. Os Mouros, pessoas de ascendência Árabe vindas do norte da África, trouxeram tradições de arte Islâmicas para o Marrocos com as invasões do século VII. Uma influência Islâmica foi a marchetaria, ou a arte de fazer desenhos de incrustação na madeira que adorna muitos móveis e objetos de madeira Marroquinos. Espanha, Portugal e França, todos reivindicaram o território Marroquino cada um adicionando um pouco mais de variedade à arte e cultura Marroquinas. O Francês é a língua oficial do governo e das empresas, e muitas cidades tradicionais Marroquinas têm bairros de estilo Francês.
A música, entalhes em madeira e a metalurgia foram influenciados por Espanha e Portugal, Influências musicais foram trazidas da África subsaariana por pessoas escravizadas que foram transportadas pelos portos do Marrocos durante a era do tráfico de escravos. A influência Romana antiga inspirou a cerâmica e a fabricação de azulejos, uma parte importante do design marroquino que começou no século VIII. Inspirado por mosaicos romanos, os azulejos coloridos foram montados em uma variedade de peças funcionais e decorativas, os desenhos refletem as várias culturas que ocuparam o Marrocos, linhas retas e bordas duras são influências Berberes, enquanto os padrões arredondados são Islâmicos. Os detalhes arquitetônicos do interior Marroquino refletem as influências culturais de seu povo.
Arcos curvos, portas e o desenho da arcada do buraco da fechadura, isso vem da herança cultural Islâmica, ocupam o centro do palco. Os interiores são coloridos, sejam através de tecidos coloridos contra paredes neutras ou com uma combinação de paredes coloridas e tecidos coloridos. Cores como azul marinho, vermelho, laranja, verde, rosa brilhante e roxo vivo são muito comuns.
Decoração Oriental Artesanato e Móveis Orientais.